Por
Luis Dolhnikoff
A russa Lou Andreas
Salomé chocou a sociedade europeia do início do século XX por ser, ao mesmo
tempo, bela, sexy, inteligente, culta e livre. Numa época marcada por grandes
homens, ela se relacionou, de um modo ou de outro, com muitos deles – e deles
recebeu admiração, paixão e respeito intelectual. Manteve, por décadas, um
casamento aberto e inúmeros relacionamentos, incluindo Nietzsche (que
literalmente enlouqueceu por ela), Freud, Rilke e uma longa lista.
Lou
Andreas Salomé (ou Luisa Gustavovna Salomé) nasceu em São Petersburgo (1861), e
viveu, estudou, escreveu e exerceu a psicanálise – foi uma das primeiras e
principais discípulas e correspondentes de Freud – em Paris, Roma, Berlim,
Zurique e outras cidades europeias.
Quinze anos mais velha do que Rilke, foi a “grande mulher”
atrás do grande poeta alemão.
Ensinou-lhe russo e o introduziu na obra de
Tolstói e Púchkin, além de apresentá-lo a parte importante da intelligensia europeia.
Em sua obra,
destacam-se estudos sobre Nietzsche, Rilke e sobre sua própria vida, além de
ensaios pioneiros sobre a sexualidade feminina.
Lou
Andreas Salomé faleceu em 1937, pouco antes de a Gestapo emitir uma ordem de
prisão contra ela.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Opine!