Esse
é o nome do ensaio do fotógrafo Murad Osmann, com o titulo original “Follow Me
On”. Certo dia, o artista resolveu reunir em um só, três das suas maiores
paixões: a fotografia, viagens e a sua namorada Nataly Zakharova. A ruiva faz o
papel de guia do ensaio e de forma literal também, que segurando na mão do
namorado o leva para os mais diversos lugares do mundo. E já de cara, para desmistificar
os boatos de que o “ensaio” na verdade é um banho de montagens e photoshop, não
passa de uma mentira, inclusive todas as fotos estão no facebook do fotografo
aberto para todos. A verdade é que a obra de arte de Murad está transpirando
muito amor e até inveja. Quem não queria viajar sendo guiado pelo amor da sua
vida? Abaixo você pode conferir algumas das belezas visuais que o casal
visitou, sendo guiado pela ruiva Nataly.
quarta-feira, 27 de março de 2013
segunda-feira, 25 de março de 2013
Llosa e o Mundo Crítico
Jorge Mario Vargas Llosa,
primeiro Marquês de Vargas Llhosa, nasceu em Arequipa, no dia 28 de 1936, é
escritor, jornalista, ensaísta, nobre e político peruano, mundialmente
conhecido e admirado por não ter censura ao escrever, tendo sido laureado com o
Nobel de Literatura em 2010. É apreciável a coragem e desprendimento
intelectual que há em Llosa, não tendo pudor, sendo seduzido e seduzindo a
críticas mais ousadas. Exemplos são as críticas endereçadas a Damien Hirst e
John Cage a Carla Bruni em seu último livro, La civilización del espectáculo “A civilização do espetáculo”. O principal
alvo de suas críticas é a cultura contemporânea, no qual se mostra altamente
contra à democratização da cultura, quando diz “Esta louvável filosofia teve o
indesejado efeito de trivializar e vulgarizar a vida cultural”. É, deste modo,
que o escritor com tons pessimistas e nostálgicos, se debruça na história
cultural que permeou a sua vida, abraçando uma visão em que houve uma conversão
cultural para algo banal e superficial, se adequando a uma sociedade hedonista
que está sempre priorizando o que pouco importa, as futilidades e
entretenimento.
quinta-feira, 21 de março de 2013
Filarmônica de Pasárgada
A
banda foi formado por alunos do curso de música da Universidade de São Paulo
(USP) no ano de 2008, com o intuito de interpretar músicas de Marcelo Segreto. A
união deu tão certo que o grupo foi vencedor da 17ª edição do Programa Nascente
da USP, em 2009; do I Festival da Canção da UNICAMP, em 2010; do 41º Festival
Nacional da Canção – FENAC, em 2011; e do Grêimy Awards, em 2011, na categoria “Melhor
Cdzinho Demo Latino”; bem como demais premiações em outros festivais de canção
como FAMPOP, Prêmio Botucanto e Festival de MPB do Conservatório de Tatuí. É evidente
que talento não falta ao grupo, o sucesso pré-dito pelo Marcelo Segreto está
sendo posto em prática com o talento que há de sobra. O que mais se há a dizer,
é que diante de tanta produção fraca que surge todos os dias no cenário musical
brasileiro, o Filarmônica está aí para se destacar dos demais. Por vezes, se
torna até surreal escutar melodias em tanta harmonia com os instrumentos,
fotografia e até mesmo os seus integrantes, vira tudo uma junção de uma coisa
só e nada consegue se separar. Carecemos de mais bandas que fazem jus à palavra “música”, com certeza isso
tem de sobra entre os jovens Paula Mirhan, Ivan Ferreira, Sérgio Abdalla,
Rubens de Oliveira, Fernando Henna, Migue Antar, Renata Garcia e Marcelo
Segreto, que compõem o Filarmônica de Pársagada. A estranheza ao escutar pela
primeira vez é comum, mas é impossível não se encantar a cada nova nota
extraída de seus instrumentos musicais.
Filarmônica de Parságada - O seu tipo (clipe oficial)
quarta-feira, 20 de março de 2013
Somos Tão Jovens
O longa brasileiro que traz
a tona a história do Renato Russo e da banda de rock nacional Legião Urbana,
está previsto para chegar nas telonas no dia 3 de maio do corrente ano. Dirigido
por Antonio Carlos da Fontoura, com a participação dos atores Thiago Mendonça,
Sandra Corveloni, Marcos Breda e diversos outros, o drama-biográfico vem com as
expectativas elevadíssimas, tanto do público e fãs, como também da própria
classe de críticos. A narrativa se constrói desde a infância do Renato, quando
ficou obrigado a estar em uma cadeira de rodas após uma cirurgia, período em
que começou a traçar planos para o futuro, em que o seu sonho era justamente se
tornar o maior roqueiro do Brasil. Até chegar na inesquecível Legião Urbana,
Renato fundou o Aborto Elétrico, que tempos depois se tornou o Trovador
Solitário. Além de ser um tema que agrada de cara, como sabemos a banda carrega
consigo uma legião de fãs/fanáticos, o filme promete emocionar até o coração
mais duro. Aguardemos e que o dia três chegue em breve.
Trailer:
terça-feira, 19 de março de 2013
Crítica da Cultura
Por Revista Cult:
BERNARD LAURET
Durante sua visita à França, em 2008, Bento XVI fez questão de dirigir-se diretamente ao “mundo da cultura”. Foi no colégio dos Bernardinos, uma abadia fundada no século 13 pelos monges Cistercienses que, assim como os Franciscanos e os Dominicanos, queriam fazer-se presentes na Universidade de Paris, “forno onde se assa o pão intelectual do mundo latino”, como dizia o papa Inocente IV. O colégio dos Bernardinos formou clérigos durante séculos, antes de ser confiscado (“secularizado”) pela Revolução Francesa, em 1790. Em 2001, foi comprado novamente pela diocese de Paris e transformado em centro cultural. O local não podia ser mais bem escolhido para significar a contribuição histórica do cristianismo à cultura, mas também seus limites, quer dizer, sua “exculturação” em um contexto secularizado. Bento XVI fez questão de mostrar, logo de saída, que foram basicamente a busca de Deus e o estudo de sua Palavra que conduziram os monges a desenvolver uma cultura que transformou a Europa. Foi nesse intuito que eles transmitiram a cultura antiga e fundaram escolas e bibliotecas, acolhendo autores cristãos e não-cristãos. Essa cultura intelectual e espiritual era igualmente inseparável do trabalho manual – lavrar as terras e lavrar os textos. Assim, a cultura não pode ser compreendida como uma simples realidade intelectual ou estética, mas sobretudo como uma civilização (Kultur, em alemão). |
Mas isso se deu antes da época do Iluminismo (Aufklärung, Enlightenment, Lumières), que capitaneou a emancipação da razão chegada à idade adulta e liberada de toda autoridade que pretendesse manter a Humanidade sob tutela. Daí Bento XVI concluir seu discurso evocando o silêncio de Deus em nossa época. Mas o fez para chamar seus contemporâneos à busca de Deus, conforme o exemplo dos medievais, a fim de que a cultura não seja reduzida apenas às possibilidades do que o ser humano pode fazer ou imaginar. É por isso que Bento XVI não cessa jamais de sublinhar a complementaridade entre razão e fé: a fé sem a razão conduz ao fundamentalismo; a razão sem a fé expõe o ser humano aos fantasmas da onipotência sem limites.
A política ou os perigos de uma deriva cultural
Em 2005, em Subiaco (comuna italiana onde foi fundada a primeira abadia beneditina), ao receber o Prêmio São Bento pela promoção da cultura (no mesmo momento em que os Estados europeus recusavam-se a introduzir na Constituição qualquer referência a Deus e às “raízes cristãs”), Ratzinger fez um discurso delineando o quadro sombrio das ameaças que pesam sobre o mundo de hoje, quando o homem, dotado de um grande poder técnico, parece não “dispor de uma energia moral correspondente”: armas nucleares e biológicas, clonagem, terrorismo, desigualdade na repartição de bens, “choque das culturas”. Ele levanta, pois, a questão dos limites da racionalidade técnica e positivista.
No entanto, Ratzinger não condena os ganhos do Iluminismo no que concerne à liberdade de consciência, à “coexistência de diferentes culturas religiosas” e à separação entre Estado secular (laico) e religião. Ele mesmo reivindica, não sem razão, que esses ganhos têm raízes no cristianismo. Em revanche, recusa que somente os critérios da razão iluminista sejam capazes de julgar a legitimidade das tradições religiosas; evoca precisamente as questões referentes ao aborto, à homossexualidade e à ordenação das mulheres. Recusa “que Deus seja tirado definitivamente da vida pública”, e, por isso, encoraja o cristianismo a encarar o desafio de levantar-se e falar, pois o considera como uma religião da razão, fundada sobre o Lógos criador. Tomando, aliás, o antípoda da máxima de Hugo Grotius (1583-1645) – que queria estabelecer o direito das nações sem recorrer a Deus –, Ratzinger propõe viver a vida tomando Deus como hipótese, para que a razão permaneça aberta a ele. Ele vai além da aposta de Blaise Pascal (1623-1662), que, diante da incerteza, preferia crer em Deus: depois da morte, se ele existir, ganhamos tudo; se não existir, não perdemos nada. Ratzinger vai de fato além e refere-se explicitamente a Immanuel Kant (1724-1804), que havia negado a possibilidade de conhecer Deus segundo a razão pura, mas o postulava no agir moral.
Nesse quadro político, todavia, Ratzinger afirma mais os direitos da religião e seu dever de racionalidade, sem fundamentar os limites respectivos da razão e da fé no contexto da Modernidade. Mas o encontro com Jürgen Habermas (1929-) permite uma abordagem explícita dessa questão.
A difícil partilha entre razão e fé na cultura
Um diálogo direto e insólito foi organizado em 2004, em Munique, entre o então cardeal Joseph Ratzinger e o pensador Jürgen Habermas. Seria de esperar que Habermas, principal herdeiro da “teoria crítica” da primeira Escola de Frankfurt, partilhasse o pessimismo dos fundadores – Max Horkheimer (1895-1973) e Theodor Adorno (1903-1969) – no que toca à cultura e ao que Bento XVI chamará de consequências do desmembramento da razão: o pensamento reificado e instrumentalizador; o pensamento científico que deixa de lado a moral e a estética; a cultura de massas, contrária à emancipação dos indivíduos etc. Ora, Habermas não partilha esse pessimismo. Atento como seus predecessores às ciências humanas, ele vê na diversidade das disciplinas a condição mesma de uma razão competente porque limitada. Entre o sujeito que pensa e a realidade objetiva, há a linguagem – que não é assimilada ao Lógos antigo – e a comunicação. Os meios de comunicação de massa situam-se assim no coração desse processo em que a cultura pode ou ser manipulada pelo dinheiro e pelos poderes ou fazer valer o mundo vivido e a razão emancipadora. ATeoria do agir comunicativo elabora assim as condições de uma ética de comunicação sem dominação externa abusiva. Em que medida seria então possível dar lugar às tradições religiosas, apoiadas sobre uma revelação superior à razão? É o que esclarece o diálogo com Ratzinger. Aparentemente, os dois protagonistas partilham as mesmas convicções sobre um respeito mútuo das competências. Mas eles diferem sobre os fundamentos dessa “autolimitação”. Com efeito, ambos buscavam responder à questão posta pelos organizadores do debate: “o Estado democrático e secularizado nutre-se de pressupostos normativos que ele mesmo é incapaz de garantir?”.
A resposta de Habermas é “não”, e em nome da razão. Mas ele não rejeita por isso a contribuição das religiões ao debate no espaço público. Para ele, a autolimitação da razão não vem de sua incompetência sobre as questões de fundo abordadas também pela religião, mas, ao contrário, da compreensão moderna de sua competência: uma razão não pode ter pretensão de validade a menos que aceite as diversas disciplinas (em particular as ciências humanas) que exercem sua competência em um campo definido e limitado. É justamente porque ela se sabe limitada e falível que a razão pode abrir-se a uma alteridade. “Sem haver intenção teológica no ponto de partida, uma razão que interiorize seus limites vai além de si mesma sobre caminhos rumo a algo de outro que ela mesma”. Essa autolimitação da razão moderna supõe, por outro lado, que as proposições de tipo religioso sejam expressas em uma linguagem argumentada diante da razão e no espaço público.
O raciocínio de Ratzinger segue outro caminho. Partindo da violência infligida à sociedade pelas “patologias” da religião (os fundamentalismos) e pelos excessos da razão técnica (o terrorismo), ele estima que “a razão também deve ser lembrada de seus limites e aprender uma capacidade de escuta com relação às grandes tradições religiosas da Humanidade”. A razão é limitada, aqui, do exterior e não do interior. Ratzinger aceita, pois, uma forma de racionalidade universal, sem referência a uma fé em particular, mas que estaria em correlação com uma dimensão religiosa que se encontra em todas as culturas (a interculturalidade).
Ambos, portanto, abrem caminhos novos de reflexão e ação.
Uma nova abordagem
Foi em seu discurso aos bispos da Ásia, em Hong Kong, 1993, que Ratzinger desenvolveu essa ideia de interculturalidade oposta por ele à noção de “inculturação da fé” em voga depois do Concílio Vaticano II. Segundo sua análise, não existe fé pura, independentemente de uma cultura, e vice-versa. A missão cristã não tem por objetivo transplantar o cristianismo ocidental (fé e cultura mescladas) em outras culturas cuja dimensão religiosa seria ignorada. Essa abordagem das culturas por suas relações mútuas necessárias e o respeito das diversas tradições religiosas relativiza, de um só golpe, o cristianismo sob sua forma ocidental, e eleva ao mesmo tempo a figura de Cristo, Lógos semeado por toda parte. Deixa ao mesmo tempo o desejo de que haja outra coisa do que um choque de culturas e religiões.
Habermas distinguia três abordagens diferentes da validação da verdade (abandonando assim o “credo metafísico” de uma linguagem dominada pela unidade em detrimento da multiplicidade): a relação ao mundo objetivo (a verdade tradicional), as relações entre sujeitos na interatividade (a justeza normativa) e a sinceridade (autenticidade) no discurso de cada um. Essa diferenciação reencontra aquela enfatizada por Ratzinger e que o cristianismo introduz em seu discurso sobre o domínio da criação (relação ao mundo confiado ao ser humano com todas as suas fontes – seculares – da ciência e das técnicas), da revelação (interatividade entre sujeitos e culturas) e da redenção ou salvação (que supõe que o ser humano, falível, encontre a autenticidade pela conversão e o perdão). No entanto, a prática dos Estados e das religiões desafia o pessimismo de um e o otimismo do outro.
Tradução de Juvenal Savian Filho
Bernard Lauret
é filósofo e teólogo, doutor pela Universidade de Munique,
ex-diretor literário das Éditions du Cerf (Paris)
é filósofo e teólogo, doutor pela Universidade de Munique,
ex-diretor literário das Éditions du Cerf (Paris)
segunda-feira, 18 de março de 2013
[Postagem do Dia] Eu me chamo Antônio
A
poesia em forma de guardanapo fez Antônio ficar famoso por todo o Brasil. O escritor
e poeta que utiliza o “Eu me chamo Antônio” abrilhanta a o facebook com tiradas
inteligentes falando sobre assuntos do cotidiano, mais ligada à área dos
sentimentos. Além da página no face que já conta com mais de 75 mil curtidas,
há também o tumblr onde o escritor também armazena os seus guardanamos. Quando
deparei-me com o Antônio (personagem) jogado aos guardanapos, que utilizamos
pra coisas tão simples, como limpar a boca ou anotar um telefone de última
hora, imaginei o quão poética pode ser um simples papel, que arte o
Antônio se transformou, que vida o escritor deu a um pedaço morto de papel. Em entrevista
à Revista Marie Claire, o publicitário criador do tumblr, Pedro Antônio, de 28
anos revela suas fontes de inspiração “Eu me inspiro nos meus amigos, nos meus amores, nas bulas de remédios,
nas histórias em quadrinhos, nos versos de [Mario] Quintana, no silêncio de
elevador que não tem fim... Enfim, em tudo o que vivo, vejo, ouço e leio. Por
isso, sempre
ando com uma caneta, um caderninho e anoto tudo, tudo, tudo o que aparece na
cabeça. Sem censura”. Para quem ainda não conhece a
poesia, os amores e as crônicas de Antônio, abaixo o face e o tumblr:
sexta-feira, 15 de março de 2013
BRAVO! Entrevista... Zed Nesti
O artista é responsável pela imagem de Alfred Hitchcock, que abre a reportagem de capa da BRAVO! deste mês
por Patrícia Lima
Em 2009, o artista Zed Nesti expôs em Tóquio, na Sho Galerie, 12 retratos de celebridades pintados a óleo. Entre os artistas representados, estavam Madonna e Brad Pitt. Para realizar o trabalho, o carioca projeta uma fotografia na tela e depois a preenche com tinta. A imagem de Alfred Hitchcock que abre a reportagem de capa é resultado do mesmo processo. Leia a entrevista com o autor a respeito dessa pintura:
Poderia explicar melhor como funciona a técnica que utilizou no retrato de Hitchcock?
A minha principal preocupação é a escolha da imagem. No caso do diretor, foi muito difícil escolher porque as fotografias que temos disponíveis de Hitchcock quase não tem cor. Para que a pintura fique boa, é preciso que a imagem tenha qualidade, seja colorida e apresente contraste de luz e sombra. Depois dessa etapa, eu projeto a foto na tela e a preencho com tinta. O resultado é quase como o jogoPaint By Numbers, aqueles rascunhos para pintar em que o número 1corresponde ao vermelho, o 2 ao azul e assim por diante. A diferença é que em vez de usar cinco cores, utilizo 50.
Como surgiu a ideia da série Celebs?
Na época em que realizei o trabalho, não existia a Lei Cidade Limpa e havia vários outdoors por São Paulo, algumas propagandas gigantes de moda pelas ruas. Achava muito difícil um artista ter que concorrer com a qualidade dessas imagens, que eram produzidas pelos melhores fotógrafos, com as melhores modelos e os melhores maquiadores. Isso me motivou a realizar um projeto com estilo realista. Primeiro fiz a série CK, baseada em fotografias de modelos. Depois, comecei a trabalhar com imagens de celebridades. Minha ideia era unir a pintura tradicional com a arte pop.
Qual sua relação com Hitchcock?
Recebi recentemente no estúdio alguns profissionais que iriam fotografar o meu último trabalho. Assim que eles viram a minha produção dos últimos dois anos, quiseram saber por queuso tanto preto. Realmente, as pinturas estão bem escuras. A arte que faço sempre possui um lado mais investigativo e até mesmo sombrio. Quando criança, eu gostava de desenhar monstros e vampiros. Adolescente, apreciava as músicas mais pesadas. Os trabalhos que finalizei agora, por exemplo, estão relacionadas à morte dos meus pais e envolvem dor, sofrimento e doença. Em comum, eu e Hitchcock temos o lado sombrio.
Considera algum dos filmes do diretor como favorito?
Vi há pouco tempo oLadrão de Casaca(1955).Gostei muito da maneira como o bandido aparece no filme. O personagem é um galã, bastante aventureiro e visto com romantismo. É retratado de um jeito diferente do que seria hoje em dia. Eu o associo com os falsificadores de arte, que produzem algo artesanal e possuem, também, um lado romântico.
quinta-feira, 14 de março de 2013
David de uma Legião
O ícone da irreverência,
David Robert Jones, mais conhecido como David Bowie (seu nome artístico),
nasceu na Londres de 1947, se firmando como músico, ator e produtor musical
inglês. O “Camaleão do Rock” como ficou conhecido, enfeitiçou uma legião, não apenas
alimentando a gula dos fãs com a sua capacidade de renovação e de ser um
diferencial, como também deixou uma marca na música como nenhum outro, as
inovações que temos desde os seus anos de ouro até os dias atuais, eternizados
em bandas como Nirvana, Radiohead, bem como em estilos musicais como o Punk
rock e eletrônica, tem a sua influência enraizada. No seu 66º aniversário (8 de
janeiro de 2013) lançou a música Where
Are We Now? e anunciou a vinda em breve de um novo disco, depois de um bom
tempo distante dos holofotes depois de atravessar uma montanha-russa no mundo
artístico: chegou no auge com trabalhos como Let’s Dance (1983), mas também enfrentou o insucesso
criativo-artístico e comercial com o filme Labirinto
– A magia do Tempo, como também a turnê Serious
Moonlight que foi alvo de amargas críticas. O seu próximo álbum The Next Day, que foi aberto com Where Are We Now? (alcançando o topo da
parada do iTunes) tem tudo pra ser sucesso, esperemos ansiosamente a volta do
nosso querido e eterno Bowie.
terça-feira, 12 de março de 2013
Entrevista com a Escritora Maria João Costa
Entrevista extraída da BRAVO! Online:
A editora portuguesa Maria João Costa é bastante conhecida em sua terra natal. Lá, trabalhou no canal GNT Portugal, depois de desistir de uma certamente bem-sucedida carreira jurídica.
“Certamente” porque Maria João teve sucesso em todos os lugares pelos quais passou. Depois de trabalhar na área jornalística e ser um dos destaques do GNT, decidiu mudar mais uma vez, entrando no mercado editorial. Dirigiu durante seis anos a editora Livros D’Hoje, que atualmente integra o Grupo Leya. Nesse período, lançou vários livros que se tornaram best-sellers em Portugal, entre eles os brasileiríssimos “1808”, de Laurentino Gomes e “O vendedor de sonhos”, de Augusto Cury.
Sua experiência na Livros D’Hoje foi fundamental para que, em fevereiro de 2012, Maria João assumisse a função de editora-executiva da editora Leya no Brasil. Sua transferência faz parte da estratégia da editora portuguesa para conquistar ainda mais espaço no país, e o fato de o Brasil sediar a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 foi decisivo para mais essa mudança, que envolveu inclusive a abertura de um escritório da editora no Rio de Janeiro (a sede da Leya no Brasil é em São Paulo).
Apesar de o trabalho de um editor não ser muito conhecido pelos leitores, nem ser muito divulgado pela imprensa, foi com certo destaque que, em outubro passado, a Leya lançou a primeira “cria” de Maria João Costa: a Coleção Novíssimos, que abrigará títulos de jovens autores portugueses. Na primeira leva, foram lançados os romances “Por este mundo acima”, de Patrícia Reis; “O teu rosto será o último”, de João Ricardo Pedro; “No meu peito não cabem pássaros”, de Nuno Camarneiro; “Um piano para cavalos altos”, de Sandro William Junqueira; e “Para cima e não para norte”, de Patrícia Portela.
É sobre a coleção, sobre as mudanças de rumo em sua carreira e sobre o mercado editorial que Maria João Costa nos fala na entrevista abaixo.
segunda-feira, 11 de março de 2013
Hitchcock: Personagem do seu Próprio Filme
O cineasta
inglês, Alfred Joseph Hitchcock, nasceu em Londres no final do século 19, mais
precisamente em 13 de agosto de 1899, atualmente é considerado o mestre dos
filmes de suspense, tido como ícone para todos os jovens e veteranos cineastas
pelo mundo afora. Não foi necessário aparições na TV, participações esportivas
ou qualquer outra forma de se aparecer para o mundo, para que Hitchcock se
tornasse uma dos homens mais famosos do mundo. Com o intuito de melhor tratar
esse ícone do cinema, o britânico Sacha Gervasi lança Hitchcock. O momento da vida do cineasta que foi capturado por
Sacha, foi justamente nos preparativos para o filme Psicose (1960), momento crucial para a carreira de Alfred, visto
que na época já estava consagrada nas telinhas, mas mesmo assim arriscou
fazendo um filme que foi taxado por muitos como de “mau gosto”. Intitulado de o
“criador de um universo misterioso e fascinante” pelos críticos mais severos
(os franceses), passava por uma fase de glória, o que nos leva a crer que fazer
Psicose foi uma decisão impositiva,
até solitária, contra tudo e contra todos. Entretanto, Hitchcock sabia
exatamente o que se passava ao seu redor, os seus olhos captavam muito mais do
que qualquer um poderia na época, conseguia enxergar as mudanças que o cinema
dos anos 60 estava prestes a passar, a suportar. E, é assim que Psicose consolida de uma vez por todas o
nome desse grande cineasta. Ele não atendia apenas aos seus desejos, mas sim,
sabia exatamente o que o telespectador almejava. Destarte, que assistamos o
longa de Gervasi e entendamos um pouco mais o que se passava na cabeça desse
eterno personagem chamado Alfred Hitchcock.
sexta-feira, 8 de março de 2013
Confissões de Um Jovem Romancista
O
Livro do escritor italiano Umberto Eco, foi lançado no mês de fevereiro do
corrente ano, com a prerrogativa de trazer de uma forma detalhada o seu método
de trabalho. Segundo o consagradíssimo “Inspiração é uma palavra ruim que
autores manhosos usam a fim de parecerem artisticamente respeitáveis”, o mesmo
alega ter descoberto isso na década de 1980 enquanto escrevia “O nome da Rosa”.
A verdade é que a inspiração é apenas uma desculpa aceitável para as diversas
tentativas que autor tem até encontrar a “perfeição” desejada. Umberto, em seu
mais no livro vai esmiuçando a sua trajetória durante sua carreira como
escritor de grande sucesso, algumas vezes mostrando os pontos que aprendeu com
cada romance e o que aprendeu com as críticas, o que na verdade acabou por
gerar um escritor mais crítico ainda. A verdade é que se observarmos bem, o que
acaba por ser o “mistério” da sua boa escrita ou do seu sucesso, é o fato do
mesmo ter anos e anos de pesquisa de campo antes de escrever e ler muito o que
facilitou a ter certas artimanhas. Umberto descarta qualquer hipótese de
iluminação divina ao escrever, foca no esforço pessoal. Para os escritores de
plantão, o livro é uma boa pedida.
quinta-feira, 7 de março de 2013
A Eternidade de Belchior
Não
é a primeira vez e provavelmente não será a última, que me pego a escrever
sobre Antônio Carlos Gomes Belchior Fontenelle Fernandes, mais conhecido,
simplesmente, por Belchior. Nascido na cidade de Sobral, em 26 de outubro de
1946, o cantor fez história na música popular brasileira, principalmente com as
suas composições de entrar na alma de qualquer um. O nordestino foi sucesso em
todo o Brasil, em meados da década de 1970 já estava na boca do povo. Não é pra
menos. Belchior não canta apenas, mas declama a história de uma, duas ou três
vidas, não se identificar com as suas composições é quase impossível, letras
atemporais que ainda encantam muita gente que nem ao menos acompanhou o auge do
seu sucesso. Suas músicas tomaram diversas formas, na voz dos mais consagrados
cantores nacionais, como Elis Regina que gravou algumas de suas composições,
como Mucuripe e Como nossos pais. Na época (década de 70), a música Apenas um rapaz latino-americano era
praticamente um hino, presente na boca dos jovens de todo o Brasil. Não resta
dúvidas que Belchior, ao lado de diversos outros, é eterno na música
brasileira, imortalizado na voz de diversos cantores e, acima de tudo, é um
exemplo para a nova geração de cantores nacionais.
terça-feira, 5 de março de 2013
Muita Série...
Pra
pouca qualidade. Essa é a realidade para a indústria norte-americana que na
última década está com uma produção elevadíssima de séries. Toda semana, ao
menos uma série é lançada. Entretanto, é tão certo quanto dois mais dois é
igual a quatro que quantidade nunca foi sinônimo de qualidade e jamais será. A
verdade é que o capital preza tanto pela novidade que a cada dez séries, talvez
tiremos uma que valha a pena acompanhar. Outras, até acompanhamos, apenas para
adormecer o “nada pra fazer” do dia-a-dia. Séries como Pretty Little Liars,
90210, The Vampire Diaries, que explodem na audiência, acabam por pecar no mais
básico: a própria narrativa. Os erros são constantes, acobertados por histórias
simples e que acaba convencendo ao grande público. O mercado do entretenimento
está enfadado a produção em massa, enquanto esse for o pensamento muita
porcaria será produzida, seja na música, televisão ou cinema. Nada escapa da
rapidez do relógio. Afinal, para o capitalismo: tempo é dinheiro. Rapidez: é
regra.
segunda-feira, 4 de março de 2013
Da Mesma Escritora de Harry Potter...
J.
K. Rowling ficou famosa e mundialmente conhecida pela sua criação e um dos
livros mais vendidos da história, Harry Potter. Agora que a série de romances
do bruxinho teve o seu fim, a escritora inglesa adentrou na Literatura adulta,
o que é, particularmente, um desafio para quem foi tachada por tantos anos como
alguém que escreve para o público jovem, se desapegar da imagem carregada por
esse rótulo não é uma tarefa fácil, por esse fato a expectativa da continuidade
da sua carreira gerou uma expectativa extra na boca e canetas afiadas dos
críticos de plantão. Por esse motivo o lançamento do seu mais novo livro “Morte
Súbita”, dividiu o público em dois, os que a amam (sua legião de fãs) e os que
não carregam simpatia pela inglesa. O seu novo romance continua seguindo a
linha de possíveis “best-sellers”, traz temas que convencem rápido (morte,
sexo, estupro, amor e diversos outros bastante atrativos) e acompanhado de uma
linguagem enxuta, sem arrodeio, simples, rápida, fluente e com uma ironia que
só Rowling tem, sem contar que a história se desenrola sem esforço, de forma
agradável, sem entraves. Não há quem discuta que o livro é bom, mas a campanha
publicitária feita ao seu redor ganhou de dez a zero. A verdade é que o intuito
disso tudo foi só para o grande público esquecer um pouco do bruxinho. Objetivo
alcançado.
sexta-feira, 1 de março de 2013
O Mestre
O filme dirigido pelo
americano Paul Thomas Anderson estreou no final de janeiro do corrente ano. O drama
trás em seu elenco nomes como Joaquin Phoenix, Philip Seymour Hoffman, Amy
Adams e muito mais. O longa traz como foco principal a angústia como sentimento
preponderante durante boa parte do filme, baseando-se em uma nova religião
denominada “A Causa” para dar vida a sua narrativa. A respeito disso o
literatortura diz “É interessante perceber que o roteiro
trata a seriedade da religião ficcional de forma dúbia. Enquanto temos
profundas regressões de um lado, em outro vemos grupos em uma óbvia sessão de
lavagem cerebral, que tenta lhes convencer de que não são animais bestiais e
que possuem o controle sobre a negatividade que parece inerente a todo ser
humano (angústia).”. A verdade é que podemos ver o que é tratado como um grande
espelho da sociedade, desde muito tempo. Um grupo embriagado por uma crença e
que se utiliza da mesma para fazer “lavagem” cerebral, não aceitando o
questionamento como se a sua causa fosse superior às demais. Não há dúvidas que
Anderson sabe fazer cinema, bem como unir uma equipe de altíssima qualidade,
desde a trilha sonora até o grupo de atores.
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