Adrienne Rich |
Esse
termo foi cunhado pela feminista Adrienne Rich. A poetisa, professora e
escritora norte-americana, que viveu entre 1929 e 2012 foi ativista em prol dos
marginalizados e oprimidos, sendo ela assumidamente lésbica em um sociedade
fadada ao preconceito, até muito mais do que os dias atuais, enquanto atuante
do solidarismo humano foi profundamente crítica dos valores dominantes, foi
nesse contexto que surgiu o que ela denominou de “heterossexualidade
compulsória”. Nada mais é do que o fundamento do sistema patriarcal que vai
muito além dos parâmetros da sexualidade. Rich defendia que a sociedade impõe
de forma compulsória modos de viver, delimita formas de atuação, de se vestir,
de se comportar, tudo baseado na condição binária e hierárquica do sujeito, que
tem como função básica e secular de mera reprodução. De acordo com esse
sistema, as mulheres são definidas por seus corpos, seja ele para seduzir ou
para procriar, tendo a figura do homem como indispensável para a sua
manifestação. É desse modo que Adrienne durante sua vida veio a combater os mais
diversos discursos machistas e próprios de uma sociedade com bases determinantes
de sexualidade e gênero. Fundamentando, destarte, em suas obras uma condição social diversa da
imposta, abrindo espaços para debates e rupturas do sistema vigente, deixando
de lado um estado determinado pela vertente do binário como verdade universal e
base de conceitos determinantes.
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