terça-feira, 22 de abril de 2014

[Postagem do Dia] Diversidade Sexual e o Conservadorismo Brasileiro

Mente quem diz que o brasileiro não é uma criatura obediente. Enquanto estamos nos desenvolvendo, obedecemos exatamente o que nos é ensinado com os discursos já muito bem estruturados: “Minha filha vai fazer balé”, “Meu filho vai jogar futebol”, “Filha, você tem que casar com um homem bom”, “Vocês casam quando?”, “Cadê meus netos?”, “Mulher casada não pode fazer isso”, “Homem trai mesmo, minha filha”. A verdade é que é mais fácil aceitar não é mesmo? Porque questionar se é “tudo igual”, se “sempre foi assim”? Imaginemos, portanto, se toda mulher tivesse se acostumado com o seu posto de dona de casa e jamais resolvesse bater de frente com o mercado de trabalho machista, será que hoje teríamos uma PresidentA? Ou será que a presidência de uma das maiores empresas brasileira, a Petrobrás, estaria sendo presidida por uma mulher? Até fazer gritar a sua bravura, a mulher estava fadada ao enclausuramento do lar, e foi depois de muito grito que alcançou a sua legitimidade (apesar de algumas disparidades ainda existentes). Todos os demais sujeitos sociais (enquadrados na chamada “diversidade sexual”) são frutos dessa dicotomia homem&mulher fundamentada por meio de construções religiosas e respaldadas pela necessidade de reprodução humana. Esclarecendo: O polo ativo e dominador (homens) da sociedade foi quem fez, a partir da construção distorcida dos discursos religiosos, a sua casa, catando em cada letra do livro sagrado a fundamentação da sua hegemonia como ser social. Foi desse binarismo que a sociedade se construiu, dando cria a um povo conservador e reprodutor de falas prontas e nada melhor que um legislador medroso e preocupado nos próximos mandatos para legitimar essas pessoas. E assim caminha a sociedade brasileira.

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