Cinco Sugestões para os Adolescentes

Hoje, o blog oferece cinco sugestões de livros para os adolescentes, tais sugestões foram extraídas do site NPR, entretanto com a sinopse feita pelo acompanhacafe.

1º Harry Potter: Da escritora (e a mais rica da literatura) britânica J. K. Rowling, o livro é um dos mais lidos pelo mundo, em dezembro de 2011 com mais de um bilhão de exemplares vendidos. Até agora já conta com sete livros publicados e oito filmes, visto que o último foi dividido em duas partes. A história conta a vida do bruxo Harry Potter e os seus amigos, que se envolvem em aventuras fantásticas, a cada novo livro (que mostra Harry sempre um ano mais velho) vai relatando o amadurecimento do personagem central, rodeado de assuntos como amizade, amor, ambição e responsabilidade. Apesar de saber que quase todos já assistiram aos filmes, o livro vale muito a pena.

2º Jogos Vorazes: A autora do livro Suzanne Collins, trata de pobreza, fome, efeitos da guerra e opressão.Constituindo-se, assim como Harry Potter, como uma saga, contando com mais dois livros. A história é sobre a heroína Katniss, que mostra o seu espirito de sobrevivência e até onde pode ir para conseguir ser a vitoriosa dos jogos. Vale ressaltar que os jogos é uma luta mortal pela sobrevivência encenada por crianças e transmitida ao vivo para todos os habitantes de uma nação. Tal nação vem como um futuro sombrio da antiga Estados Unidos.

3º O Sol é Para Todos: Escrito por Harper Lee, o livro foi lançado em 1960, vencedor do Pulitzer, foi um sucesso instantâneo, tido hoje como um dos maiores clássicos da literatura norte-americana. O romance é baseado na história de um homem negro, acusado injustamente de violentar uma jovem branca na cidade do Alabama. Trazendo, destarte, temas como preconceito, tolerância e respeito.

4º A Culpa é das Estrelas: John Green, o escritor, traz a tona algo que nem sempre esperamos: o "final triste". A história se baseia na vida de uma jovem de 16 anos (Hazel), que tem câncer desde os 13. Apesar de uma vida destinada a quimioterapia e hospitais, há uma reviravolta quando ela conhece Augustus Waters, um garoto bonito que frequenta o mesmo Grupo de Apoio às crianças com câncer. Dessa forma, o autor mostra que apesar de tanta dor, o amor pode ajudar a passar por cima disso de uma forma menos difícil.

5º O Hobbit: Este é um livro de fantasia, escrito por J. R. R. Tolkien, que conta as aventuras de Bilbo Bolseiro (hobbit) junto com Gandalf e os anões. Ele é conhecido como um clássico da literatura infantil, tendo sido publicado originalmente em 1937, só agora em dezembro de 2012 vai invadir as telonas, com o diretor Peter Jackson.

Blancanieves

A primeira publicação do conto de fadas "Branca de Neve" foi em 1812, pelos irmãos Grimm, desde então diversas outras versões já vieram à tona, mas atualmente está em alta e as Brancas de Neves estão em montes. Uma delas vem da Espanha (Blancanieves), sem dúvidas a mais diferente (digamos assim). Sendo, esta, muda, representada em preto e branco e com habilidade para touradas. Com direção de Pablo Berger, o filme vem com um humor negro que rendeu ao público de estreia boas gargalhadas, e enquadrado na boca do povo como um "grande sucesso", a ponto de ser escolhido para disputar uma vaga entre os concorrentes de filme estrangeiro no Oscar. Apesar de não ser um tema inovador, visto que a história-base é do século XIX, Berger o traz com uma visão ainda não vista, adentrando ao cinema mudo e incorporando, dessa forma, um tom mais sombrio à história, sem deixar de lado o humor.

Assista ao teaser do filme:

Leo Cavalcanti

É cantor, compositor, multi-instrumentalista, arranjador e produtor musical. Estando ele na nova e talentosíssima safra da Música Popular Brasileira. Artista novo, porém com uma alma musical velha, começou a se destacar quando lançou seu trabalho autoral, que hoje se faz concluído com o álbum "Religar". Segundo Caetano Veloso "Leo Cavalcanti é paulista (com avós baianos e paraenses). Sua exuberante e minuciosa musicalidade mereceu elogios superlativos quando, no fim do ano passado, saiu seu primeiro CD. Mas vê-lo ao vivo é que foi experimentar a evidência de um talento genuíno". Ao vivo: Leo se mostra um artista bem performático. Na voz: esbanja uma voz doce e firme. Nas composições: a originalidade toma de conta. Este é Leo Cavalcanti.

Assista a apresentação da música "Acaso" no Estúdio Showlivre:

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Obs.: Para quem estiver em Sousa, na Paraíba, haverá um show do Leo Cavalcanti no Centro Cultural Banco do Nordeste, no dia 30 de setembro de 2012. Entrada Gratuita.

Filme: Tropicália

O Tropicalismo foi um Movimento que revolucionou totalmente o ambiente da música popular e da cultura brasileira entre 1967 e 1968. Com o intuito de universalizar a linguagem da MPB que até então atingia apenas a elite e tão somente os desejos dessa camada social, os baianos surgiram com a proposta de acabar por definitivo com esse modo dominante para com a música dita "popular brasileira", tendo como cantores destaques do Movimento: Caetano Veloso, Gal Costa, Tom Zé, Gilberto Gil, Nara Leão entre outros. Esses gênios da música brasileira, não apenas se restringiu a voz e o violão, incorporou no politicamente correto a guitarra elétrica, o rock e a psicodelia, fazendo com que o jovem se identificasse, sem deixar de lado o estilo da vanguarda erudita. Formando, destarte, uma grande mistura de estilos musicais, o que acarretou significativa mudança na própria cultura da música brasileira, abrindo espaços para diversas outras manifestações. Dialogando com obras literárias, os compositores da Tropicália, escreveram verdadeiras composições poéticas para denunciar um Brasil arcaico e em estado de caos, tradicionalista e até mesmo o país futurista.

Pois bem...

É com essa história que Marcelo Machado dirige o filme "Tropicália", que analisa esse extraordinário período da música popular brasileira, em que o país passava por um elevado avanço cultural, entretanto estava enraizado em um regime ditatorial, que causou até a saída de Caetano e Gilberto Gil do Brasil (como também muitos outros), sendo exilados por escrever e cantar sem pudor. Este documentário vem buscando compreender esse período, com depoimento de pessoas envolvidas na Tropicália, bem como episódios específicos da época. Com uma construção bastante dinâmica, em que o espectador pode escutar os depoimentos enquanto vê as imagens que se relaciona com o fato. Esse filme vem como um grande marco para os documentários sobre música no Brasil, mostrando a Tropicália como um movimento de imensa importância. Assista ao trailer:

Cícero: A Melancolia Los Hermaníaca

Em um apartamento, sozinho, foi onde Cícero começou as suas composições e arranjos para o seu álbum "Canções de Apartamento", sendo esse, também, motivo impulsionador para o título do álbum. Sem contar o fato de que esse momento da sua vida fez com que o cantor lançasse um dos álbuns mais íntimos da atualidade. Suas influências vêm do Indie Rock, sugando Tom Jobim e pincelando Radiohead, sem contar algumas construções ala Marcelo Camelo, não esquecendo a forte e declaradíssima influência, tanto nas composições quanto na construção dos instrumentos (os dois de forma bem melancólica), dos Los Hermanos. É, dessa forma, que Cícero monta o seu álbum, em casa, aconchegado em um sofá vermelho, compilando singelas dez músicas, que esbanja histórias de amores, saudades, encontros e descobertas. Apesar de ser um álbum caseiro, produzido com os seus 25 anos de criatividade, em apenas três semanas já havia mais de 10 mil downloads registrados. Foi um sucesso e não havia como ser de outra forma. Apesar da pouca idade, sobre talento para Cícero.

Confira o clipe "Tempo de Pipa"

Para baixar o CD é só acessar o site

O Espetacular Homem Aranha

Dirigido por Marc Webb "O Espetacular Homem Aranha" estreou no dia 06 de julho de 2012, vindo com uma versão melhorada e mais inteligente do primeiro filme "Spider Man", que estreou em 2002 com o Diretor Sam Raimi. Apesar do roteiro do filme ser batido, visto que já esteve presente nas telinhas há 10 (dez) anos, ele vem com uma versão mais diverta e parecida com a dos quadrinhos, ou seja, é mais fiel à história original. A produção é fantástica, bem mais inteligente e criativa, tendo um visual bastante atraente. A forma como foram gravadas as batalhas (sendo estas as melhores partes) dá uma sensação de inserção do telespectador, sem contar a maior elasticidade e semelhança do Aranha com o animal que foi picado. Não podendo esquecer a presença do talentosíssimo Andre Garfield, que por si só deu um brilho ao filme com o seu humor. O que há de negativo, a meu ver, é o fato do roteiro ser previsível como a maioria dos filmes desse gênero, mostrando o herói se dando mal até o último minuto e depois como um verdadeiro "Deus" consegue reverter a situação. Apesar disso, vale muito a pena assistir. 

Confira o Trailer:

O Segredo dos Lírios

Este é um documentário, com direção de Brunna Kirsch e Cris Aldreyn, que é narrado por três mães (Estela, Cristiane e Vera), contando como é a sua relação com a orientação sexual das suas respectivas filhas desde o momento da descoberta até os dias atuais. Apesar de grande parte da população alegar que o brasileiro não é preconceituoso, essa ainda é uma realidade triste. O preconceito, seja ele por conta de etnia, peso, orientação sexual, de gênero, fere os princípios morais e constitucionais (apesar de que esses mesmo princípios por vezes transmite uma mensagem preconceituosa), chegando a ponto de privar o cidadão de viver a sua vida como qualquer outra pessoa. O preconceito é uma forma impeditiva de liberdade, é privar uma pessoa de viver a sua vida normalmente apenas por ela ser diferente do padrão comum da sociedade. Em "O Segredo dos Lírios", é exposta uma perspectiva diferente do que usualmente temos em relação a esse assunto, mostrando mães que optaram por ficar ao lados dos filhos do que os distanciarem pelo fato dos mesmos não se conformarem com esse "adestramento" social imposto a homens e mulheres.

[Postagem do Dia] Lana Del Rey de Todos os Tempos

Elizabeth Woolridge Grand ou Lana Del Rey (como é conhecida popularmente) é uma cantora norte-americana, de 26 anos de idade, que lançou neste ano o seu segundo álbum "Born To Die". A cantora de todos os tempos, invade o indie, o hip-hop e o próprio pop para construir as suas músicas. Além do nível de qualidade altíssimo nas suas composições e construções musicais, é marcante a excelente adequação dos seus clipes às letras das músicas. Variando de gravações no estilo "caseiro" (como no clipe "Video Games" e "Carmen") até uma produção mais voltada ao pop. Apesar disso, o que mais me chama a atenção são os focos no seu rosto, fazendo o telespectador sentir com ela todos os seus medos, angústias, quando está assustada ou perdida (sendo estas suas expressões mais comuns, o que faz todo sentido quando você esmiúça suas composições). Lana não surge, ela ressurge balançando as estruturas do mundo pop. A sua completa transformação (muito além de uma simples mudança de nome) não foi apenas uma jogada de marketing (que por sinal funcionou), mas também uma grande evolução na sua carreira de forma artística. 

Por último, gostaria de exaltar um dos seus clipes "Blue Jeans", que é simplesmente incrível. Além da produção e da fotografia, a história contada por meio de expressões e gestos vai além do que os olhos podem ver. Lana mergulha com o crocodilo (literalmente), desafia seus medos, que neste caso é associado ao seu amor, a sua paixão, que se encarna comumente no típico "cara mau", aquele que te atrai e te desafia. A construção da história mostra a cantora assim, entregue aos seus desejos e se desafiando, com expressões de desconforto, porém delicadas. A meu ver, Lana Del Rey não é um simples produto adequado ao capitalismo musical (como alguns sugerem), ela vem como uma cantora completa.

Assista ao clipe "Blue Jeans":

Paraísos Artificiais

O filme é do Diretor Marcos Prado, que estreou neste ano e tem como temas principais o Tráfico de Drogas e o mundo das Raves. Em "Paraísos Artificiais" há algumas coisas que me agradaram bastante: A atuação impecável e indiscutível de Nathália Dill, sendo clara a sua entrega ao personagem; a forma como as cenas foram filmadas, levando o telespectador a se inserir na cena; e, por último, o jeito leve e simples de tratar o assunto "drogas", sem apologia, sem preconceitos, mostrando como algo comum. E o fato que, ao meu ver, deixou a desejar foi: A falta de emoção no decorrer do filme é algo que realmente chega a perturbar, é como se os personagens travassem no enredo, apesar da excelente atuação do elenco. Por fim, o que posso dizer é que a proposta do filme é excelente, entretanto a sua execução foi um pouco falha, não há como negar que existe uma grande ponte que divide a teoria da prática, e essa transição ficou a desejar. É triste ver um filme que tinha tudo para ser um grande sucesso ser ofuscado por uma confusa (digamos assim) construção de enredos.

Assista ao Trailer:

[Postagem do Dia] The X Factor

The X Factor é um reality show musical, originalmente britânico e atualmente com franquia em diversos países, incluindo os EUA. Este vem como qualquer outro programa que busca a nova "estrela" do mundo musical, entretanto, a escassez de talento é bem visível. O programa vem mais como um show de exibicionismo, baseado em "quem dá o melhor fora no candidato", não se vê muito conteúdo a ser mostrado, nem muita voz de qualidade, como um dos jurados mesmo falou "você é um produto muito bom, é a cara do programa", chamar um "cantor" de produto é ferir a arte musical, ou melhor, ignora-la, convida-la a se retirar do Programa. Olha o histórico do reality, seja em que país for, convenhamos que não há muito o que se esperar de um programa que revela uma banda como a One Direction e que tem como duas de suas juradas Britney Spears e Demi Lovato (presente na franquia americana. Pois bem, se você quer dar umas boas risadas baseadas em uma falta de educação exposta por pessoas famosas, pode assistir. Se quer algo que tenha um mínimo de qualidade, então é melhor procurar em outro lugar.

Interagindo Com o Leitor

As primeiras demonstrações artísticas surgiram sim sem pretensões e com o passar do tempo ela ganhou moldes críticos, políticos, demonstrações do cotidiano, do social, ganhou o mundo do entretenimento, conquistou a população. É uma enorme linha histórica que traz as mudanças no objetivo central da arte, fato que não cabe a minha pessoa discutir o que se passa na cabeça de quem compõe, canta, pinta ou escreve. Aqui é repleto de sugestões e críticas que são escritas baseadas em meras opiniões do dono do texto, custe o que custar, a honestidade vem em primeiro lugar. 

Mas antes de qualquer coisa, gostaria de esclarecer algo sobre o que constantemente denomino de "cultura de massa" (ou cultura popular - se assim preferirem), neste termo deposito todo aquele produto que consideram arte (englobando música, escrita, pintura etc.), mas que está sujeito aos desejos do capitalismo, ou que ficam subservientes às necessidades de um público, esquecendo os seus próprios elos criativos. Logo, muitos poderiam (e consideram) Marcelo Camelo, Mallu Magalhães, Clarice Falcão entre outros, "cultura de massa", ao meu ver em nenhum momento eles elevaram os desejos do público às suas próprias convicções, basta escutar suas músicas e comparar, o mesmo ocorre com os livros de Chico Buarque. Não critico ritmos, vertentes de livros, assuntos em especial ou a pincelada abstrata. Apenas, levo a público as minhas impressões de um presente que me entristece, não vejo uma grande parte da música de qualidade ser levado à tona pelos meios de comunicação de maior influência, tais cantores só aparecem mesmo quando caem no gosto popular, como está sendo o caso de Tulipa Ruiz. 

Outro fato para exemplificar sobre o produto de mercado, cito o meu gosto por Lady Gaga, que para alguns mais mercadológico não poderia ser, contudo discordo desse ponto de vista precipitado. Conhecendo um pouco do seu trabalho poderia dizer sim que ela chegou querendo agradar a indústria pop (e agradou), mas quem acompanha pode notar uma cantora autêntica e que saiu das amarras do capitalismo musical. Não acredito que tudo que é "popular" (ou mercadológico) seja ruim, pelo contrário, sou uma grande ouvinte dos hits dançantes da Katy Perry (a mesma que não consegue cantar ao vivo sem desafinar), na verdade, a considero uma ótima performer e a escuto constantemente sem nenhuma hesitação, como também escuto Maria Gadú (outra que se rendeu ao grande apelo popular). Não condeno esse emprego do entretenimento, não acho que seja ruim, nem pobre, pelo contrário, ele se mostra forte, necessário para a população e bastante rentável (coisa rica mesmo), contudo a opinião de que é só um emprego e entretenimento (e não arte) permanece. Não falta qualidade nos produtos comerciais, falta, apenas, arte.

Guia Sexual Para Fãs de Crepúsculo?

Cinquenta Tons de Cinza é o livro da escritora britânica E. L. James (Erika Leonard James), que neste ano foi considerada (pela revista Times) uma das 100 pessoas mais influentes do mundo, os números das vendas do seu romance erótico comprovam isso, só nos EUA foram mais de 20 milhões de cópias. Como todo livro fadado a virar best-seller: a propaganda realizada em torno do romance foi bem mais produzida e chamativa do que a própria escrita, que mais se assemelha com o estilo da saga Crepúsculo (perdoem-me os fãs natos) do que com de livros revolucionários (como foi enquadrado por alguns), há quem diga até que este é o "guia sexual para fãs de 'Crespúsculo'" (não discordo). Ou talvez, o reboliço todo em torno dessa "febre" seja o fato da pornografia, ou melhor, o fato de ser uma mulher escrevendo sem pudor. Arrisco ainda falar que o livro veio mais como uma loja repleta de mercadoria, no qual, registra-se crescimento de 20% das vendas de itens usados pelos protagonistas; e, na Inglaterra, sex shops registram 200% de aumento (Dados da rede BBC). Ou seja, uma grande indústria erótica foi atiçada com a chegada de "50 Tons de Cinza". Ao ler, o leitor se depara com cenas inusitadas e extravagantes, como o pompoarismo e o masoquismo. O que, no fim das contas, é uma vantagem para o modo de vida (que hoje prevalece) baseado em recriminações e hipocrisia, já que tais práticas, que são movidas pelo hedonismo erótico, são vistas com repulsa por maior parte da população.

Cultura: Arte ou Entretenimento?

A cultura tinha como escopo inicial a demonstração crítica de forma artística dos problemas sociais da época em que foi produzida ou até mesmo questões psicológicos do artista. Pouco se vê hoje a música e as obras de arte (por exemplo), sendo palco de reflexões sobre o social, tudo bem que se analisarmos a história, o período mais forte na produção crítica musical do Brasil foi o período ditatorial, no qual os artistas depositavam nas suas composições toda a repressão pela qual estavam enfrentando. Hoje não há tanta censura como antes (é fato), contudo os problemas não morreram, a crítica expressada na arte parece que está indo por esse caminho, o que se vê é uma cultura de massa invadindo um mundo artístico e o transformando em um universo de puro entretenimento. Extraindo pensamentos alheios, pode-se dizer que a cultura se tornou um "ativo no mercado financeiro", ou seja, abriu mão da sua autonomia crítica e particular, para se tornar uma celebração do mundo capitalista, basta observar a quem hoje pertence os melhores acervos de arte contemporânea: os bancos. Por fim, digo com tristeza, a arte hoje está ao lado de qualquer outro produto capitalista e qualquer outro ativo (como a bolsa de valores, mercado imobiliário etc.).

Cinema 4D: Um Futuro Não Muito Distante

O cinema ganhou vida com os irmãos Louis e Auguste Lumière, no ano 1895, na França. O que possibilitou essa magnifica criação no mundo das artes no século XIX, foi a invenção, neste mesmo século, da fotografia (por Louis-Jacques Daguerre e Joseph Nicéphore Niepce), no qual misturou o domínio fotográfico com uma predominância de movimento. Desde esse momento, é até desnecessário falar que o cinema passou por diversas inovações, melhorias, mudanças, até se encontrar no que se tem atualmente. A última novidade, neste universo de entretenimento e arte, parte do cineasta Luc Besson, que se uniu ao parque temático "Futuroscope" e criou, na cidade de Poitier (na França), uma espécie de cinema 4D, que faz com que o telespectador seja realmente parte do filme, havendo uma real interação, assista ao vídeo que fala sobre:

No País do Jeitinho

"No País do Jeitinho" é a antologia de contos Corrupção, organizados por Luiz Ruffato, com pesquisa de Ramon Mello e Rodrigo Monteiro, que reúne contos de diferentes épocas (em torno de 200 anos extraídos e compilados em 20 contos) para radiografar a corrupção no Brasil, que fala sobre o jeitinho, a mutreta, lábia, puxassaquismo, o favor, entre outros. Esta é uma literatura de todas as épocas, inclusive a nossa. Porque, apesar de todo o avanço legislativo e intelectual da população, essa forma de fazer política (ou politicagem) ainda é comumente utilizada para manobrar a população. O livro trata de desmascarar aquela verdade tão inconveniente e que, por vezes, o brasileiro deixa passar, talvez por ser um problema tido como "impossível de se resolver" ou até mesmo pelo próprio estar participando desse sistema corrupto.

Camelo: Voz e Violão

No Show denominado "Voz e Violão", Marcelo Camelo dá um show de particularidades. Ao ver a lista de músicas, nota-se uma presença marcante do seu passado, trazendo canções do início de sua carreira, bem como uma música escrita por seu avô. Segundo Camelo "Como elas foram compostas no violão, eu sentia que muitas particularidades ficavam para trás no processo de tradução e arranjo que fazia nas bandas com as quais toco". Dessa forma, ele mantém a ideia original das suas músicas e como o próprio nome já diz, será apenas a sua voz e o som do violão. Como já foi dito anteriormente, a escolha do repertório foi feita para mostrar as músicas com um formato ainda não visto, outra perspectiva. Destarte, ele recorre a músicas antes já escutadas, mas que, dessa vez, quem as escuta notam as diferenças, tendo a impressão de que é uma nova música. É isso que esperamos dessa nova onda de shows do cantor mais completo do Brasil.

Confira "A Outra" em Voz e Violão no Teatro Bradesco - SP:

Filme: Gonzaga de Pai para Filho

O filme conta a história do Rei do Baião (como ficou conhecido o pernambucano Luiz Gonzaga do Nascimento), este vai abrir o Festival do Rio 2012 no dia 27 de setembro. A direção é de Bruno Silveira, o mesmo de "2 Filhos de Francisco", a sua linha de produção é essa, o que há de se esperar para este longa é o mesmo do filme citado acima, recheado de emoção e sinceridade nas expressões, no qual é alicerçado no "drama familiar". O filme resgata momentos marcantes da vida do cantor, sanfoneiro, compositor e pai (mostrando a sua relação de forma bem enfática com o seu filho Gonzaguinha). A previsão para a sua chegada aos cinemas é em Outubro. Confira abaixo o trailer do filme:

Expurgando Sentimentos com Fiona Apple

Aos 35 anos de idade a americana Fiona Apple lança o seu quarto disco "The Idler Wheel Is Wiser than the Driver of the Screw and Whipping Cords Will Serve You More than Ropes Will Ever do (a roda menos usada é mais sábia que a chave do parafuso e os chicotes te servirão mais que as cordas um dia farão)". Apesar de soar incrivelmente longo, não há de se espantar quando se trata dessa cantora, que traz no título do seu segundo álbum (em 1999) um poema de oito versos. Pois bem. No seu The Idler Wheel... Fiona nos presenteia com músicas que trazem surpresas agradáveis: mudanças de energia, solidificada pela sua indiscutível potência vocal; na qual, se utiliza de variados instrumentos, sem esquecer as boas pitadas de ironia em suas letras. E, apesar de o álbum conter apenas dez músicas, ela não poupa sentimentos, pelo contrário, ela os expurga e nos leva a viver ao seu lado cada memória imortalizada em suas músicas. Não é necessário conhecer a sua vida para entender suas dores, invadir o seu álbum é uma forma de senti-la em sua forma mais vulnerável, desde a capa até as suas músicas e se concretizando nos seus clipes e apresentações.

Fiona Apple em Every Single Night

(primeira música do seu álbum)

O que Você Quer Saber de Verdade

O novo álbum solo da consagradíssima Marisa Monte se chama "O que Você Quer Saber de Verdade", nele Marisa sustentou a essência dos seus trabalhos anteriores, no qual canta tanto para as massas (pincelando com um pouco de pop) como para aquele público fiel à MPB de raiz. Ela se mostra como um mix de diversas formas de se propagar, pegando um pouco de cada variação expressiva que há na música brasileira. Marisa Monte conseguiu, durante seus mais de 20 anos de carreira, soar de forma bonita e original aquilo que há de mais piegas, seja cantando em italiano, seja com letras simples e de sonoridade esperada em idioma nacional. Entretanto, a crítica foi severa com a cantora quando se trata do seu último álbum, alegando que ela acabou fugindo do "Cult" para adentrar no "Brega", se perdendo em letras previsíveis e a sonoridade, por vezes, acabava perdendo o rumo e invadindo o mundo dos sertanejos universitários. Apesar das críticas, Marisa Monte em menos de um ano conseguiu vender mais de 160 mil cópias, então vale a pena escutar e tirar suas próprias conclusões.

Confira o clipe da música de maior visibilidade do álbum: Ainda Bem

90 anos de Rádio no Brasil

Neste mesmo dia (07/09) no ano 1922, aconteceu a primeira transmissão radiofônica no Brasil, com o discurso do presidente Epitácio Pessoa em comemoração ao centenário da Independência. Depois disso, este meio de comunicação começou a ficar cada vez mais sofisticado até chegar nos moldes atuais. Hoje, apesar de alguns acharem que não, o rádio continua a exercer grande poder na população, muitas vezes sendo utilizado por políticos para exercer suas táticas de governo, outras apenas com o intuito do entretenimento, no qual acaba por divulgar as músicas que estão "bombando" no momento em busca de sua audiência, notícias do mundo, fofocas do mundo da fama, denuncias, entre outros. Apesar de no início de sua chegada no Brasil ele se fazia como um utensílio particularmente da elite, hoje é muito mais a cara da massa, basta sintonizar algum canal e observar a linguagem e programação da mesma, nota-se um redirecionamento bem peculiar. O mais interessante é que apesar da internet, televisão e outros meios mais "sofisticados" (digamos assim), o rádio ainda tem uma força indiscutível no cotidiano brasileiro. 

Leitura Boa e Gratuita

Como todos sabem, hoje, livro é algo caro no Brasil, o que acaba por não incentivar a leitura ou até mesmo barrar a chegada de livros para os leitores mais carentes. Entretanto, ultimamente, com o mundo mais ligado à internet, vê-se muitos livros digitalizados e agrupados em acervos digitais, essa é uma boa alternativa enquanto não resolvem o problema da carga tributária. O incentivo cresceu para esse novo meio de acesso no Brasil e há diversos sites que disponibilizam esses livros. Por um lado é bom ver esse mercado se expandir e gerar mais acessibilidade, no entanto, é triste ver que há muito mais incentivo para essa expansão do que no sentido de lutar pela diminuição do valor dos livros físicos. Não adentrando a uma discussão maior e aderindo no momento ao mundo tecnológico vai aqui algumas boas sugestões de acervos digitais: inlivros, dominiopublico e livrosgratis. Boa leitura!

Filme: 360

Este é o mais novo filme do diretor brasileiro Fernando Meirelles (cineasta já consagrado por diversos filmes como Cidade de Deus, Ensaio Sobre a Cegueira e Jardineiro Fiel). "360" teve no seu elenco a presença de estrelas como Anthony Hopkins, Jude Law e Rachel Weisz, bem como a brasileira Maria Flor. O filme é a perfeita tradução do que é "globalizado", tanto na composição de profissionais como no próprio tema. Entendendo melhor, a história é uma reunião de fatos que acontece em diversas partes do mundo, com o objetivo de mostrar que por mais simples que seja a atitude ela acaba por afetar a vida de outras pessoas e acarreta fatos não previstos. Segundo Ana Paula Sousa, crítica de cinema pela Revista Bravo, "Para construir esse universo interligado, em que tudo parece transitório e o desejo vai e vem de forma veloz, Meirelles levou a câmera para dentro de táxis, aviões e hotéis", é com essa visão acerca do longa que deixo aqui a minha sugestão. Assista o trailer:

[Postagem do Dia] Lucas Simões

Hoje, indico a leitura do blog de Lucas Simões, segue abaixo um trecho de um dos seus textos mais lidos "Orgulhosa demais, frágil demais":

"Toda sexta-feira ela tira a calça jeans, põe uma regata preta básica e dorme de maquiagem. Fecha a cortina blackout do seu quarto e chora vez ou outra sozinha, sempre sozinha, pensando nos sonhos & planos que ficaram mal amarrados nessa vida continuamente desfeita por acasos e destinos, encontros e desencontros embaralhados em sentimentos doces & amargos. Ela rabisca versos na agenda, toma sorvete nas tardes de domingo e tira do varal seu short azul, um par de meias, algumas fotografias amareladas e outras dores desnecessárias. Guarda tudo num baú velho e fundo e olha pela varanda o mormaço do horizonte que dança no mesmo compasso cansado do seu coração. Ela não admite nada, bate a porta, chora e grita pela janela de casa todas as vontades e desvontades absurdas presas no seu seio apertado (continue lendo)"

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Michael Jackson: Bad 25

Na época do álbum "Bad"

O filme "Bad 25" é um documentário-tributo aos 25 anos do álbum "Bad" de Michael Jackson, que estreou no exato aniversário (sexta-feira, 31) dos 25 anos no 69º Festival de Veneza. Spike Lee (diretor do filme) deixa de lado as polêmicas do irreverente cantor e foca no artista, na sua expansão criativa. Para quem admira e conhece o trabalho de Michael Jackson, sabe que este não foi dos seus álbuns de mais sucesso, principalmente comparado a "Triller", entretanto, segundo o diretor Spike, este foi o momento em que Michael está mais entregue ao seu lado produtivo, a maior prova disso é o fato das onze músicas que o álbum contém, nove foram escritas por ele. "Bad" pode não ser extravagante como os seus outros álbuns de mais sucesso em vendas, contudo, não há dúvidas de que foi nele que Michael Jackson mais se entregou criativamente. Dessa forma, o filme "Bad 25" vem aí para honrar esse momento do Rei do Pop. Aguardemos a sua estreia latino-americana no Festival Rio nos dias 27 de Setembro a 11 de Outubro. Confiram o videoclipe da música "Bad":

"Minha Inspiração": Marcelo Jeneci

No último Sábado (01/09/2012), Marcelo Jeneci falou sobre a história da música "Pra Sonhar" no Programa Altas Horas, no quadro "Minha Inspiração". Ele conta como foi construída a música e quem foi a sua inspiração. O blog já falou, anteriormente, desse talentoso cantor da nova safra da MPB, bem como do videoclipe da música em questão. Para assistir a sua participação no Programa do Serginho Groisman, clique: altashoras

E, para quem não assistiu o clipe "Pra Sonhar", segue abaixo:

Confira aqui a postagem do Blog sobre Jeneci: O Romantismo de Jeneci

Chaves, Chespirito, Shakespearito...

O título é "Chaves: a história oficial ilustrada", um livro que foi lançado na Bienal de São Paulo, produzida pela Editorial Televisa e lançada no Brasil pela Universo dos Livros. Apesar de não ser encarado como uma biografia, a história resgata o passado de Roberto Goméz Bolaños (mais conhecido como Chaves, Chespirito ou Shakespearito), desde os seus primeiros passos, passando pela morte do pai e a sua adolescência conturbada, o que ajuda a compreender a criação dos seus personagens (Chaves e Chapolin), bem como a construção de suas histórias. Ler o livro nos faz associar cada personagem com as pessoas que rondaram a vida de Bolaños, como é o caso do seu amor platônico (que durou dez anos) por Florinda, com quem assumiu o romance em 1977 e se casou em 2004. Os problemas que ele enfrentou na justiça por conta dos direitos autorais dos personagens "Quico", "Dona Florinda" e "Chiquinha" são ignorados. O que há de se esperar da obra é algo de bem menos impacto comparado ao sucesso do seriado "Chaves".

(capa do livro)