Apresentação do relatório "Violência contra os povos indígenas", do Cimi (Foto: Gustavo Garcia/G1) |
O relatório "Violência Contra os Povos Indígenas no Brasil", divulgado nesta quinta-feira (15) pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi), informa que 137 índios morreram vítimas de assassinato no ano passado no Brasil.
Os dados do relatório são da Secretaria Especial da Saúde Indígena (Sesai), do Ministério da Saúde, e foram obtidos pelo Cimi por meio da Lei de Acesso à Informação e apresentados em cerimônia na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília.
Segundo o relatório, em 2014, houve 138 assassinatos de indígenas, um a mais que no ano passado, e, em 2013, 53. Desde 2003, ano em que o relatório começou a ser divulgado, foram registrados 891 homicídios de indígenas.
De acordo com o levantamento, não é possível dizer quantos dos 137 indígenas assassinados em 2015 foram vítimas de conflitos por terras, principal razão para homicídios de indígenas.
Segundo o texto, a Sesai não informou detalhes das ocorrências, como faixa etária das vítimas e locais exatos das mortes.
"A fragilidade destes dados dificulta uma clara percepção da autoria dos homicídios, se eles tiveram como pano de fundo a disputa pela terra ou, nesse sentido, se são consequência do fato de os indígenas não estarem vivendo em seus territórios tradicionais", diz o documento.
Em 2015, segundo dados da Sesai, o estado que registrou mais mortes de indígenas foi Mato Grosso do Sul, com 36 casos. No estado, a cidade com maior número de ocorrências é Dourados.
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