quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

"Recife é um choque entre o Arcaico e o Moderno"



Eleito pelo jornal The New York Times como um dos melhores filmes de 2012 e premiado em diversos festivais, dentre os quais, os de Roterdã (Holanda), Rio de Janeiro e Gramado, “O som ao redor”, primeiro longa-metragem do cineasta pernambucano Kleber Mendonça Filho, tem como tema central o medo da classe média diante da crescente violência urbana. No enredo, uma milícia oferece serviço de segurança particular aos moradores de uma rua da zona sul de Recife, dando tranquilidade a alguns e provocando tensão em outros.
Quando encontrou nossa reportagem no Café das Letras, no anexo do Cinema Itaú, em São Paulo, Kleber terminava de conceder uma entrevista em outra mesa, onde acabou deixando sua bolsa para nos atender. Transcorridos 25 minutos de conversa, ao olhar para o lado, ele notou que ela já não se encontrava mais lá. Foram 5 minutos de aflição até descobrir que uma das garçonetes havia guardado-a, em segurança, atrás do balcão.
- Nossa, que susto!, suspirou ele, aliviado.
- É, que sorte! Em São Paulo não se pode dar mole!, respondeu o repórter.
Leia, aqui, o que foi conversado antes do incidente.

Extraído da Revista Cult.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Do "Mestre" dos Magos à Homossexual


O ator Daniel Radcliffe ganhou vida nas telinhas com o mago Harry Potter, com a sua cicatriz na testa fez história e se tornou inesquecível. Saindo das amarras do personagem, que encarnou durante 10 (dez) anos em 8 (oito) filmes, Daniel encara uma nova aventura no mundo do cinema, dessa vez irá interpretar o poeta Allen Ginsberg, no filme “Kill Your Darlings”, que, aos 17 anos, se vê como um adolescente ingênuo e enrustido, que luta para encontrar o seu lugar em um mundo que a liberação sexual e cultural ainda não tinha perspectiva de se concretizar (década de 1960). A história se desencadeia quando o jovem entra na Universidade de Columbia, em Nova York e entra em contato com os seus futuros parceiros do movimento beatnik (Lucien Carr, William S. Burroughs e Jack Kerouac). Após largar a fantasia do mundo de Harry, Radcliffe tem uma imensa tarefa para conseguir desassociar a sua imagem a um só personagem e conseguir explorar diversos outros trabalhos, nessa narrativa ele encara um papel ousado e inovador na sua carreira. E nesse trecho o autor deixa claro que esse é o seu objetivo “Todo mundo quer ter uma obra mais diversificada possível, e é isso que mantém as pessoas interessadas na sua carreira”. Acredito que “Kill Your Darlings” contribuiu bastante para os telespectadores esquecerem um pouco do Harry ao ver Daniel, uma das cenas bastante importantes pra isso foi o fato de mostrar cenas de sexo gay, banindo, destarte, qualquer semelhança com o pequeno Potter.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Espírito Antropofágico

Extraído da BRAVO! Online:



Na fazenda da família em Areia, no interior da Paraíba, o garoto José Augusto da Costa Almeida costumava passar as tardes agachado em algum canto da sala, com o olhar fixo sobre o avô paterno. Ex-senhor de engenho, dessas figuras que moram nos livros de história, acostumadas a negociar escravos e cobrar produções satisfatórias de açúcar, o avô nunca abandonou uma postura meio mítica. Vivia cercado de gente, gostava de ser bajulado. O neto, à distância, transformou-o em sua divindade. E daquela época guarda as mais fortes lembranças, dos cheiros da casa aos desenhos do ladrilho em que se acocorava para espiar o deus particular.
A intensidade dessa relação nutrida assim, com poucas palavras, diz muito sobre o artista que o menino se tornou. José Rufino era o nome do avô e agora é o seu, adotado na década de 1980, no início da carreira, e hoje completamente incorporado por ele. Rufino, o artista, chega a gaguejar quando indagado sobre o registro que aparece em sua certidão de nascimento: “Meu avô morreu quando eu tinha 14 anos, mas aquele tempo continua muito mais presente em mim do que todo o resto que veio depois. Vai ser sempre assim”.
Por “todo o resto que veio depois” deve-se entender um diploma em geologia na Universidade Federal de Pernambuco, uma pós-graduação em paleontologia na Universidade de São Paulo, a produção de um romance inédito, pelo menos 30 exposições individuais de peso na cena contemporânea mundial, mais participações em mostras coletivas de prestígio (foi destaque na 25ª Bienal de São Paulo) e diversas honrarias (venceu o Prêmio BRAVO! Bradesco Prime de 2010 por Faustus, que tomou o Palácio da Aclamação, em Salvador). José Rufino resume tudo isso rapidinho e volta ao avô: “Minha família tinha uma fazenda só para criar e vender escravos. Até na nossa casa da cidade havia senzala. Ainda pequeno, cheguei a ver correntes nas paredes e nos calabouços”.
Mais velho, diante das correspondências que o avô trocou ao longo da vida, Rufino exorcizou os fantasmas, digeriu o peso do passado e colocou tudo pra fora na série Cartas de Areia, feita no começo dos anos 90 com desenhos e pinturas sobre os próprios documentos de família. De cara chamou a atenção da crítica, que o apelidou de “artista da memória”. Canceriano de 3 de julho de 1965, do tipo que se enquadra mesmo nas descrições do signo – o apego ao passado, certa timidez –, Rufino adora abrir antigas gavetas, mas não concorda totalmente com o rótulo: “A história, para mim, não é só bucólica. De certa maneira, eu a reinvento, devolvo-a em outra forma”.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

How I Met Your Mother


“Como Conheci Sua Mãe” (título em português) é uma série de comédia norte-americana, no qual, o personagem principal, Ted Mosby (Josh Radnor), conta, na sala de estar, aos filhos como conheceu a sua esposa, a mãe deles, apesar dele ser o foco da história e considerado o principal, os demais personagens têm a sua estrela e às vezes Ted é até deixado um pouco de lado na narrativa. Nos outros papéis se encontram o casal Marshall Eriksen (Jason Segel) e Lily Aldrin (Alyson Hannigan), interpretando um casal muito bem resolvido, que estão juntos desde os tempos da faculdade, sendo eles um exemplo de relacionamento bem sucedido e maduro. Há, a jornalista canadense, Robin Sherbatsky (Cobie Smulders) que acaba entrando no grupo depois de uma tentativa frustrada de Ted de conquista-la. Por último, Barney Stinson (Neil Patrick Harris) que apesar de não ser o principal, às vezes nos confundimos pensando que ele é a grande estrela da série, visto que muitas vezes a mesma traz ele como foco, Barney é um mulherengo, que vive de testar as suas cantadas mais estranhas e pouco heterodoxas. Atualmente, a série está na sua oitava temporada, é quando nos perguntamos porque tanto episódio para contar a história de um casal, a verdade é que esse já não é mais o foco da série e isso fez com que não ficasse cansativa, chata. O fato de tirar o peso do personagem Ted e acabar contando as histórias paralelas fez com que a série possa se prolongar por diversos anos. Por fim, fica aqui a sugestão do blog, se você gosta de séries de comédia, How I Met Your Mother, sem dúvidas, está entre as melhores.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Central do Brasil



Nessa mesma data em 1999, o filme Central do Brasil, de Walter Salles, estava ganhando o troféu Globo de Ouro na categoria de melhor filme estrangeiro. O filme que ficou na história do cinema brasileiro, tinha nada menos que Fernanda Montenegro no elenco, como também os ilustres Marília Pêra, Othon Bastos, Matheus Nachtergale e Otavio Augusto. A narrativa que emocionou todo o Brasil, contava a história de Dora (interpretada por Fernanda) que trabalhava escrevendo cartas na estação Central do Brasil, no Rio de Janeiro. Durante o filme ela ajuda um menino (interpretado por Vinicius de Oliveira) a encontrar seu pai no interior do nordeste, depois do menino ter passado pelo trauma de ter sua mãe morta em um atropelamento. Foi nesse filme que pela primeira vez uma atriz (Fernanda Montenegro) latino-americana foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz no ano de 1999. Para quem não assistiu esse marco no cinema brasileiro, assista, além de bem produzido, o drama carrega uma enorme bagagem emocional.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Independência... ou Morte?

Extraído do site literatortura:

Por Ronaldo D’Acardia,

O cinema independente americano é um dos mais prolíferos atualmente. Sua criação, além de necessária, foi uma jogada de mestre da máquina capitalista de Hollywood. Hipocrisia ou simplesmente “é a vida”? 
A indústria moderna de filmes independentes dos EUA surgiu da coragem e disposição de alguns diretores que financiaram seus próprios projetos – que outrora haviam sido esquecidos e renegados pelos grandes estúdios. A tentativa arriscada resultou em uma visível aceitação da audiência, realidade nada mais que óbvia diante do profissionalismo e qualidade das fitas. De mentalidade quixotesca, a vertente iniciava então sua caminhada contra a corrente dos altos custos hollywoodianos.
E em meio ao capitalismo selvagem instaurado nas produções em geral, foi possível perceber que a necessidade de obras diferenciadas se fez ouvir. Este é talvez um dos maiores trunfos do mercado cinematográfico americano, que mesmo com seu cenário competitivo, conseguiu se bifurcar e gerar outra indústria, voltada para temas mais pensantes e sem expectativas milionárias. Desde então o cinema independente cresceu muito, e festivais foram criados para premiar os melhores trabalhos. Ser agraciado com uma estatueta no Festival de Sundance, em Park City, Utah, é sinônimo de qualidade e principalmente integridade artística. Patrocinado pelo Instituto Sundance, fundado em 1981, o festival tem como seu criador o premiado ator e diretor Robert Redford.  Não podemos esquecer também do relevante Independent Spirit Awards, o mais independente dos prêmios independentes (isso pode ser tornar um ciclo sem fim).
Apesar de aparentemente separadas, as duas linhas de produção possuem diversos pontos em comum. Muitas figuras do alto escalão constantemente participam de independentes, como George Clooney com seu “Boa Noite e Boa Sorte” (2005), filme em que atua, dirige, e que foi muito bem recebido pela crítica mundial, se tornando um exemplo de sucesso dentro do cenário de pouca verba (ele custou míseros US$ 7 milhões e concorreu ao Oscar em diversas categorias).
Muitas vezes também, seguindo o caminho contrário, atores e diretores que se revelaram em festivais “menores” acabaram se envolvendo em grandes produções. Montou-se então uma funcional reciclagem do cinema americano e de seus personagens fundamentais. Uma reciclagem que ocorre de maneira natural em meio a todo o processo obrigatoriamente necessário da indústria – acima de tudo – capitalista. Mas criteriosamente, os fatores que separam as duas realidades ainda são: o orçamento e os temas propostos.
Nos anos 40 e 50, seria impossível nos EUA alguém ter a chance de conferir, ao mesmo tempo, dois longas tão distintos (um blockbuster e um independente). A única forma de se apreciar um trabalho diferenciado e de baixo orçamento, seria assistindo fitas estrangeiras, que são, em sua maioria, baseadas em dramas mais relevantes, optando sempre pelo realismo explícito – podemos dizer que são independentes por natureza, por isso nem devem ser contabilizadas nesta equação. Vale lembrar que nessa época o cinema europeu era sinônimo de sucesso absoluto, sendo que a Era de Ouro da América apenas se “engatilhava” – um trocadilho mórbido, se pensarmos que o setor cultural da Europa foi severamente afetado pela devastação da Segunda Guerra Mundial, que deixou os EUA dominante em todos os setores.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

O Encanto de Julia Sheer

A cantora norte-americana Julia Sheer, começou a sua carreira musical de uma forma bem tímida e comum atualmente entre os jovens talentos, o seu ponto de partida foi postando vídeos no youtube há dois anos, com a apresentação de covers de diversas músicas da sua playlist. No seu canal, podemos encontrar uma variedade como Katy Perry, Maroon 5, Taylor Swift, Adele, Jason Mars e diversos outros artistas nessa linha musical pop, todos sendo interpretados pela jovem. Apesar de ter apenas 19 anos de idade, Julia demonstra muito amadurecimento na voz e verdade enquanto canta, outras artistas da sua idade até carregam um repertório maduro e uma voz afinada, mas muitas vezes acabam transparecendo a imaturidade da própria idade, com Julia é um pouco diferente, apesar de doce, a sua performance consegue mexer com quem está escutando, e se a pessoa estiver apaixonada é uma ótima pedida para escutar. Algumas vezes, ela até consegue nos fazer lembrar da Taylor, mas sem o jeitinho caipira forçado, como na música "Little Talks", mas aí se você escuta "The One That Got Away" a Taylor é esquecida e entra em cena uma Julia bem mais atraente que a passada. A verdade é que apesar de tantos covers, Julia Sheer tem uma identidade que agrada de cara. Não tem como não se apaixonar por sua voz doce.

Cover de The One That Got Away da Katy Perry, por Julia Sheer:




segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Eterno, Dylan.

Robert Allen Zeimmerman, cantor e compositor norte-americano, mais conhecido como Bob Dylan, nasceu no estado de Minnesota e logo cedo já começou a demonstrar o seu lado artístico ao escrever os seus primeiros poemas, quando ainda tinha dez anos, e poucos anos depois já conseguia dominar o piano e a guitarra com muito talento, diga-se de passagem. Enquanto jovem foi integrante de algumas bandas de rock, mas a sua identificação mesmo foi com o folk do mestre Woody Guthrie, com quem teve acesso ao trabalho quando foi para a Universidade de Minnesota no final dos anos 50, que acabou abandonando depois do seu primeiro ano de curso. Dylan teve dificuldades para se firmar no mercado musical, seu talento sempre indiscutível para os fãs, mas altamente questionável pela crítica, com a aspereza da sua voz (uma das suas principais marcas) sendo mal interpretada na maior parte da sua carreira, enquanto essa mesma característica encantava outros. E ainda encanta. Além da voz que nos magnetiza em sua música, as letras introspectivas, com um toque bem particular de suas vivências e dores também é algo que chama atenção. Apesar da boa década de 60, Dylan acabou sendo alvo novamente das críticas nos anos 70 e em 1983 com o álbum "Infidels" volta a ser recebido de braços abertos, elegendo este um dos seus melhores trabalhos. Bob Dylan já se eternizou, para os amantes do Folk ele é o nosso rei, para os novos talentos que surgem ele sempre será a maior fonte de inspiração. Eterno, Dylan.

Mr Tambourine Man - Bob Dylan


quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Phoenix

A banda francesa de indie pop, Phoenix, vencedora do Grammy de 2010, apresenta tendências bem anos 1980, trazendo ao público uma mistura eclética até chegar ao som desejado, o rock-synthpop. Os quatro garotos de estilo despojado e ao mesmo tempo um pouco retrô, às vezes até nos fazem lembrar os nossos eternos "beatles", se expõem de forma surpreendente, desde a voz, harmonia, até a própria imagem da banda. Depois de alguns trabalhos, como United (de 2000); Alphabetical (de 2004); It's Never Been Like That (2006); e, por último, Wolfgang Amadeus Phoenix no ano de 2009, não podendo esquecer os álbuns "ao vivo" (2005 - Live! Thirty Days Ago e 2010 - Live & Unplugged) a banda traz novidades para 2013, não apenas voltarão aos palcos em junho, como também estão lançando um novo álbum para abril, denominado "Bankrupt!". A novidade foi divulgada na página do facebook da banda, em uma postagem de vídeo que redirecionava para a página oficial, que continha o nome da banda e o disco piscando. Aguardemos o novo trabalho, com certeza a expectativa está elevada.

Para quem ainda não conhece, um pouco aqui: Phoenix - Lisztomania


quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

DVDs do Mês, BRAVO!

Abaixo se encontra a seleção do mês de DVDs realizado por Neusa Barbosa da Revista BRAVO! do mês de janeiro/2013:

VIVA LA MUERTE: De Fernando Arrabal. 1971 (Lume). Com Mahdi Chaouch, Núria Espert. Dramaturgo, romancista e poeta, o espanhol Fernando Arrabal estreou no cinema adaptando um dos seus livros, Baal Babilônia. O romance autobiográfico transformou-se nas telas em uma alegoria surrealista. Fando, um menino de dez anos, vê seu pai preso no início da Guerra Civil Espanhola. Aparentemente, a responsável pela denúncia foi a mãe do garoto, uma católica e simpatizante franquista. Com a ajuda da melhor amiga, Fando tenta encontrar um sentido para os acontecimentos.

ROTA IRLANDESA: De Ken Loach. 2011 (Vinny). Com Mark Womack, John Bishop, Talip Rasool, Andrea Lowe. O diretor britânico aborda a privatização dos serviços de segurança em plena Guerra do Iraque. Um mergulho no submundo, em que até a desgraça é transformada em lucro. Na trama, dois amigos desempregados, Fargus (Mark Womack) e Frankie (John Bishop), dirigem-se ao país, atraídos pela generosa remuneração dos seguranças. Frankie morre misteriosamente e Fargus não mede esforços para esclarecer as circunstâncias que envolveram o incidente.

REBELIÃO: De Mathieu Kassovitz. 2011 (Imovision). Com Mathieu Kassovitz, Iape Lapacas. Dirigido e protagonizado pelo consagrado cineasta parisiense, que contabiliza no currículo algumas passagens por Hollywood (Na Companhia do Medo e Missão Babilônia). O drama reconstitui um levante ocorrido em 1988 na Polinésia Francesa. Mathieu interpreta o capitão Philippe Legorjus, encarregado de libertar 30 militares franceses capturados pelos rebeldes locais. O segundo turno de eleições presidenciais, no entanto, atrapalha as negociações.

AS AVENTURAS DE ANTOINE DOINEL: De François Truffaut. 1959/1962/1968/1970/1979 (Versártil). O personagem Antoine Doinel, moldado à imagem e à semelhança do diretor francês Fraçois Truffaut, encontrou no ator Jean-Pierre Léaud sua encarnação desde a adolescência até o início da maturidade.  A caixa reúne os cinco trabalhos que imortalizaram o protagonista, consolidando uma sequência de vivências amorosas. Entre os títulos, figuram os longas Os incompreendidos (prêmio de direção no Festival de Cannes em 1959) e O amor em fuga (1979).

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

A Magia da Composição

Por trás do brilho do cantor sempre há alguém que faz a magia realmente acontecer nas letras das músicas; as composições, na verdade, é o que torna um bom artista, algumas vezes na própria pessoa do cantor, em outras, um desconhecido que faz dar vida as músicas daquele que é mais popular com o público. No forró, encontramos um grande nome na atualidade, Dorgival Dantas faz sofrer o coração de muita gente com as suas letras e preenche o repertório de muitas bandas dessa forma, nos últimos anos o compositor que agia de forma tímida como cantor, estourou no nordeste. Mas hoje, não é ele o foco. Péricles Cavalcanti é o compositor central da nova geração da MPB, incluindo músicas para artistas como Céu, Tulipa Ruiz e Mallu Magalhães, e já tendo trabalhado com Gal Costa, Caetano Veloso e Gilberto Gil. Nos anos 80 compôs para teatro, auxiliou a banda RPM e conquistou Cássia Eller. O seu trabalho está sendo exposto para o Brasil com a iniciativa do Dj Zé Pedro, o nome do ábum é "Mulheres de Péricles" e traz 17 novas vozes da MPB, cantando os seus maiores sucessos. O disco faz jus ao talento do compositor, Péricles é muito bem representado nas vozes de cantores como Mallu, Karina Burh, Tulipa, Nina Becker e muitas outras estrelas da nova MPB.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

BBB e os Pseudos

O programa da TV Globo já se encontra na sua décima terceira edição, não sendo mais uma febre e um estouro como nas primeiras edições, ainda assim arranca a atenção de muitos. Quando o mesmo está no ar, as redes sociais se dividem em elogios e críticas, de um lado os adoradores do entretenimento barato, do outro os pseudointelectuais. Hoje, o que sustenta a audiência de um canal de televisão, rádio ou coisa do gênero, é justamente a programação que está voltada ao entretenimento, à diversão. Isso ocorre por uma questão simples, as pessoas já estão enfadadas depois de passar um dia de trabalho, ligar a TV e se deparar com dezenas de tragédias; então a mente, de forma inconsciente ou até mesmo consciente, necessita de conforto, descanso. A verdade é que o BBB é como qualquer novela, jogo de futebol, estar no facebook ou programas como Caldeirão do Huck, o intuito é prender a atenção, causar risos, relaxamento. E o que poucos se atentam é que são jogados lá dentro pessoas como a gente, que trabalham, estudam, vão a festas, tem seus momentos tristes e felizes. E a única coisa que diferenciam é que se aventuram em um programa de TV para alcançarem os seus objetivos, seja ganhar um milhão, seja a oportunidade no mundo da televisão, seja os seus 15 minutos de fama. Cada um tem o seu propósito na vida, quem somos nós para criticar isso, não é mesmo? E para os que assistem, ninguém está a procura de cultura, ninguém está com vontade de ler um livro, a verdade é essa. Estão apenas querendo umas boas risadas, se divertir com alguns "casos de família", a intelectualidade que os "pseudos" querem que os fãs do BBB pratiquem no momento do programa já se encontram em execução nas outras 23hs do dia, às vezes até mais do que o que os próprios "pseudos" pregam. Ou não. Pois bem, criticar o BBB não é sinônimo de intelectualidade ou cultura em excesso, mas tão somente, uma modinha que dominou as redes sociais. É cool criticar o Big Brother Brasil.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Entrevista

Extraído da Bravo! Online:

Confira entrevista com o baterista Marcelo Yuka, que impôs uma condição para o filme sobre sua vida: a narrativa não poderia fazer nenhum tipo de manipulação sentimental.

A entrevista você pode conferir aqui e abaixo está o trailer do filme: Marcelo Yuka no Caminho das Setas.


quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Kevin Johansen

O argentino de 48 anos de idade, nascido no Alasca, lançou recentemente o seu quinto álbum na Argentina e no Brasil. Apesar da sua música ainda não ter invadido todo o Brasil, o cantor já consegue lotar shows em São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre, quebrando as barreiras entre brasileiros e argentinos, que ele considera absurdas. Já conseguiu a atenção de cantores nacionais consagrados, como é o caso de Caetano Veloso, Paula Toller e Maria Gadú. O seu contato com a MPB vem desde criança, quando presenciava a sua mãe escutando João Gilberto e Tom Jobim, na sua volta para a Argentina (fim dos anos 70) foi quando se entregou de fato à música brasileira, e começou a escutar Gilberto Gil, Gaden Powell, Egberto Gismonti e Maria Betânia. Já na década de 90 quando foi morar em Nova York, conheceu outras bandas como Skank, Marisa Monte e Cidade Negra. Após assimilar todas as suas influências, Johansen começou a produzir, totalizando atualmente cinco álbuns, são eles: Sur o No Sur (2002); City Zen (2004); Logo (2007); e Bi, sendo este o seu último disco lançado, na Argentina duplo e simples no Brasil.

Kevin Johansen - No seas insegura


terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Django Livre, TARANTINO


Quentin Tarantino já fez o seu nome nas telas do cinema, ao misturar violência com humor conseguiu a sua estrela, filmes como "Cães de Aluguel", "Jackie Brown" e "Kill Bill" são aqueles que se você ainda não assistiu, pelo menos, já ouviu falar. Sem contar "Bastardos Inglórios" que lhe rendeu indicação ao Oscar 2010 nas categorias direção e roteiro, desde "Pulp Fiction" (de 1994) não concorria às mesmas estatuetas. Pois bem, o seu último filme "Django Livre", estreia no Brasil nesse mês (janeiro) e traz como tema principal de sua narrativa a escravidão, tendo o seu personagem principal interpretado por Jamie Foxx. No filme, o personagem de Foxx tenta resgatar a sua mulher da fazenda do bruto Calvin (interpretado por Leonardo DiCaprio). O longa, evidentemente, faz referência e presta homenagem ao "spaguetti western", que fez sucesso nas décadas de 60 e 70, são os conhecidos "filmes de faroeste", mas, produzidos por diretores italianos. Aguardemos a estreia!

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Playlist do Verão

O verão já chegou e todos nós sabemos como ele funciona, muita praia, fotos, instagram, festas, bandas de forró, muita zoação e muita música ruim sendo sucesso. É quase um universo paralelo à nossa realidade. A TV fica quase insuportável, nos empurrando toda uma programação formulada para nos preparar para esse novo mundo chamado "verão". A verdade é que o que nos é induzido a pensar é que se não passarmos as férias de acordo com os comerciais de cerveja, simplesmente não teremos vida. Somos jogados em um verdadeiro limbo até a próxima estação chegar. Há quem se divirta de uma forma menos "verão". Há quem não se deixa levar pelos hits do momento "brrrrrrrrrrruna", os toques fáceis de aprender e que praticamente nos força a dançar. Há quem goste do sossego. Para esses, algumas bandas são boas pedidas, o site "Monkeybuzz" nos revelou algumas como Shout Timber, Dan Croll, alguns já conhecidos como Two Door Cinema Club e Local Natives. Há também o "Sarau" composto por artistas como Tais Avarenga e Toni Ferreira. Além deles, tiveram Clarice Falcão que foi um dos grandes presentes de 2012. Como também os veteranos do nosso media player. Há muito além do que os comerciais de TV nos mostram, há "verão" para todos.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

A Hora/Voz do Brasil

Nesta mesma data em 1934, o Brasil ganhava o seu mais famoso programa de rádio "A Hora do Brasil" hoje chamado de "A Voz do Brasil" (modificado em 1971, por ato do Presidente Médici), criado por Armando Campos, amigo de infância de Getúlio Vargas. O programa era utilizado pelo então Presidente Getúlio Vargas para que pudesse melhor interagir com o seu povo, ao ar, o programa exaltava o então presidente e falava das suas obras, ajudando-o a se consagrar como o "Pai do Brasil". Hoje em dia, com outro nome, o noticiário radiofônico vai ao ar diariamente em quase todas as cidades do Brasil, às 19h00, horário de Brasília. Em 1995, A Voz do Brasil, entrou para o Guiness Book como o programa de rádio mais antigo do Brasil; sendo, também, o noticiário de rádio mais antigo do Hemisfério Sul. Como sabemos o rádio ainda é apreciado pelos mais antigos, e com o tempo está perdendo a grande repercussão que tinha nos anos que já se passaram, ainda assim, não há como negar que "A Voz do Brasil" além de fazer parte da história da radiodifusão brasileira, sendo o programa mais antigo da rádio, também foi e ainda é de fundamental importância como noticiário brasileiro.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Páginas do Face

Atualmente, ao que vejo, a nova sensação do facebook estão sendo as suas páginas, elas aparecem no estilo das contas do tumblr, criativas, com imagens editadas para dar um tom mais intelectual, e com bastante humor. Humor de todos os tipos. A página da Irmã Zuleide, por exemplo, hoje com quase 2 milhões de seguidores, traz consigo um humor mais escrachado, fazendo piada de si mesma, e utilizando-se da religião sem desrespeitar consegue muitos fanáticos. Para quem prefere um humor mais simples, podemos também encontrar a página Mustache, que brinca com as palavras e solta diversas frases. Para os amantes da literatura eu indico Literatortura, que inclusive já é um site, mas a sua página é realmente muito boa. Já para quem é apaixonado por cinema, a página Cinetoscópio nos atualiza constantemente e dá dicas de ótimos filmes. O melhor dessas páginas é que a maioria tem diversos moderados, dessa forma, estão ativos durante todo o dia, inclusive na madrugada, então para quem passa as férias em frente ao computador, essa é uma boa forma de passar o tempo. Além dessas há diversas outras páginas que estão prendendo a atenção da galera. É só pesquisar um pouco que encontra. Bom Janeiro.

Obs.: Para acessar as páginas acima descritas é só clicar nelas.