sábado, 25 de agosto de 2012

No Tempo de Luiz Gonzaga

No tempo de Luiz Gonzaga, o forró era como uma poesia cantada. Os versos eram provas de amor, quando não à mulher mulher amada, era recitada a outra coisa de admiração do poeta. O tempo foi passando e a magia do forró de raiz foi se perdendo por entre nossos ouvidos, não digo que morreu, porque ainda está vivo, mas deu vez a um público devoto do forró de baixa qualidade. Aquele que cantam não mais poesias, mas sim palavras que remetem a tolice e que chamam atenção do público em uma batida pouco característica, trazendo a vulgaridade ao colocar mulheres semi-nuas dançando em cima do "palanque". No início, o homem fez dos seus versos cantados o mais belo que se tinha para ouvir, mas hoje o mesmo homem tornou a música um espaço de futilidade. Antes, quando mais trabalhado o verso e poético ele era, mais a música era considerada bonita e, dessa forma, mais aplaudido era o cantor; hoje, quanto mais simples é a letra e mais fácil de decorar, mais lotam os shows do "Aviões" "Gaviões" "Garota" "Pegado" e por aí vai. Pois bem, levanto aqui a bandeira para o Forró de Raiz, o Forró de Luiz Gonzaga e de Santana, o Cantador.

Se Tu Quiser - Santana, O Cantador:


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