A
homossexualidade é tão antiga quanto à heterossexualidade, ou seja, as diversas
manifestações de sexualidade sempre existiram, o que modificou durante a
história foi a forma como as mais variadas culturas as trataram. No mundo
antigo, por exemplo, o amor entre homens era amplamente aceito, não sendo
valorizado apenas aquele que se colocava no polo passivo, visto que essa
posição era destinada à mulher. No momento em que o homem em uma relação com
outro tomava o posto de ativo da relação, então não havia problema algum, a
respeito disso Paulo Vecchiatti argumenta “Isso se explica porque o machismo, já naquela época, vislumbrava
o ato sexual ativo como a postura masculina, sendo o ato sexual passivo tido
como uma postura feminina”. Vemos então que a raiz do preconceito desde a
antiguidade foi a postura machista da sociedade, no qual confundia expressão de
sexualidade com manifestação de gênero, rebaixando a mulher e todos aqueles que
adotassem papeis que eram incumbidos a elas. Deste modo, o sexo biológico
envolvido não era determinante para uma postura discriminatória, mas sim a
forma como o sujeito estava desempenhando o papel sexual na cama. Diante disso,
não há como se falar muito em homoafetividade entre mulheres nessa época, uma
vez que para ter relações sexuais o papel do homem se fazia indispensável, o
que não significa que não existia, apenas era ignorado. Assim sendo, a postura
machista foi o que impulsionou as primeiras manifestações de repúdio ao amor
entre pessoas do mesmo sexo, tanto na postura de “passivo” do homem, como na
ignorância do amor entre mulheres.
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