segunda-feira, 13 de julho de 2015

[Postagem do Dia] Sense8 é bem mais do que diz a descrição



Fazia tempo que eu não assistia algo que me instigasse a escrever e indicar. Se não me engano a última foi o filme “Her”. E, apesar de alguns acharem que “Orange Is The New Black” poderia se encaixar, discordo totalmente. Mas isso é assunto para nova postagem. Hoje, a série que merece atenção e todos os aplausos é a “Sense8”, ressaltando que essa postagem não tem como foco explicar o enredo da série, apenas alguns pontos que merecem destaque e que dão fulcro a trama.

Diante da larga produção de entretenimento de baixa qualidade que tem como objetivo atrair o maior número de telespectadores, a série original da Netflix, sense8, se destaca. Não é exagero dizer que ela é uma série com elevada sobrecarga de militância, seja a militância do amor, do respeito ou da diversidade, como queira chamar.

É uma trama, de início, complicada de ser compreendida, não há como negar. Por vezes, dá um nó na cabeça tentar entender como funciona o desenrolar da história. Mas isso é resultado do mercado superficial de filmes e séries. Sense8 não se trata apenas do que o nosso discernimento diz no início, ela vai além, e quando compreendemos isso, compreendemos o enredo. A série não é sobre um fato impossível (até então ou o que o nosso conhecimento sobre biogenética permite) de existir que é a anomalia genética que liga oito pessoas. Mas sim, sobre a ligação psico-sentimental que estabelecemos diariamente.

A série mostra que vivemos numa superficialidade sentimental constantemente, que estabelecemos elos vazios, motivados por motivos alheios do que realmente deveria ser. E o fato de ter oito pessoas ~ obrigatoriamente ~ ligadas entre si há um apelo maior e consegue enfatizar como se dá uma ligação pura entre duas ou mais pessoas. Deste modo, pontos como companheirismo, compreensão, doação, profundidade nas relações pessoais, entrega etc., são fundamentos chaves para a construção do relacionamento entre esses sujeitos.

Além disso, outro ponto que me chamou atenção na série foi o discurso sem vícios de preconceito. O discurso falado ou demonstrativo, subjetivo. Por exemplo: na série existe um casal composto por duas lésbicas, uma delas é transexual. Onde podemos ver esse tipo de coisa? Isso é um assunto silenciado na nossa sociedade.


A série é cheia de munição, não daquela que propaga ódio. Mas sim, daquela que combate a opressão, o des(amor). Vale a pena. Muito a pena. Fica a indicação.

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